“O ruim de ser eu mesma é que, por mais negativa e realista que eu
aparente ser por fora, no fundo sempre vou ter essa esperança chata até o
último minuto do segundo tempo. Sempre vou querer acreditar no lado bom das
pessoas até que se prove o contrário. Algumas vezes, até depois que se prova o
contrário. Escondo do mundo essa minha fé inabalada porque quando a realidade
aparece e as coisas não são como elas deveriam ser, isso me destrói. Me frustra.
É como se socassem mil vezes meu estômago. Minha espera incansável sempre me
cansa. E ninguém precisa saber disso. É como se eu dissesse para a pessoa que
está do meu lado, “não vai dar certo, não ligo, deixa pra lá”, ao mesmo tempo
que repito mentalmente, “por favor, que eu esteja errada”.”
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Iolanda
Valentim.
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