sábado, 4 de janeiro de 2014

  "Já tive crises de solidão, e não me sentia mal estando sozinho, não diria depressão, era algo sem nome, um contentamento estranho e singular, talvez cansaço da minha humanidade. Estava no meu quarto, na minha cama, com as janelas fechadas, admirava o teto por longos minutos, a monotonia era bonita de ver. Ficava lá, parado, não esperava algo acontecer e me surpreender, pois sabia que nada aconteceria enquanto eu desistia sutilmente. Vivi o pesadelo mais bonito que poderia existir, porque eu gostava de estar nele. Seis da manhã de um Sábado frio, o céu estava denso e nublado, minha cabeça doía, era patético reclamar com aquele pijama ridículo, meu cabelo cobria os meus olhos enquanto eu caminhava como se soubesse pra onde estava indo. Havia uma certa ansiedade desesperadora em mim, mas eu nunca soube o que queria, ou o que estava esperando. Haviam ligações perdidas que não atendi, a casa estava revirada, parecia ter passado um tornado. Era estranho, a bagunça que existia dentro de mim estava se tornando real, minha casa era o reflexo do meu estado de espirito."
 -
Sean Wilhelm

Nenhum comentário:

Postar um comentário