“Saudade. Fresta de nós. Lacunas dormentes na alma, vazio que ecoa pelos aposentos frios. Ausência de ti, que me chicoteia com açoites vergalhantes. Que me tortura, sem misericórdia de mim.
Violetas desabrocham, colorem-se, e são pisoteadas na calçada sem jardim.
A janela pouco fechada, traz a luz necessária pra que eu veja minhas lágrimas caindo. Meu rosto é úmido sempre, já não sinto mais quando elas escorrem por minha pele, correndo dos meus assombros, se refugiando na secura do chão áspero.
A saudade é meu carrasco, e persegue. Me acorrenta na cama, não me deixa levantar. Me rouba as forças de lutar. Me entristece. Me tranca na depressão de poucas palavras e olhares afogados na distração; Vago pelos corredores e escombros, desesperadamente procurando você, como quem procura nas profundezas do oceano, uma fogueira pra poder se aquecer.”
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