sábado, 1 de setembro de 2012
“A lua iluminava meu rosto e as lágrimas emprestavam o prateado da luz. Naquele momento somente ela era cúmplice dos meus embróglios internos. Talvez fosse frustração demais pra se suportar só. Precisava olhar pr’aquele rosto alvo e limpar-me por dentro. Desaguar em lamentos apenas ali, a sós. Em volta a penumbra dominava o ambiente friamente escurecido. Luas são mais confiaveis que os mortais seres humanos. É ela quem vê os namorados se amarem sem interromper nada, aliás, ela é a causa de tanto romantismo. Quem mais indicado pra admirar meu choro e passar a paz que esse momento me pedia? E logo após, eu terei que enxugar a água de minha face, desenrugar as linhas de expressão e colocar de volta a droga do meu sorriso falso. Não que eu fosse em si, falso ou infeliz. Só que ninguém precisaria ter o conhecimento de meus problemas. Somente nós dois, minha cara lua.”
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