quinta-feira, 16 de agosto de 2012
“I wish you were here, eu sempre lhe dizia quando ele ia para longe, apesar de ele nunca ter entendido o que significa, nem ter procurado saber porque odeia de uma ponta à outra inglês. “I wish you were…”, eu começava. “Here”, ele terminava, mas ainda não sabia traduzir, sabia apenas que era, como ele dizia, uma-frase-chata-de-alguma-música. Música que nunca tinha ouvido e dizia nunca querer ouvir. Wish you were here, eu repitia vezes sem conta. Eu queria que ele me pedisse para traduzir. Wish you were here. Do you think you can tell?, eu dizia outra parte da música chata, e ele fazia um barulho meio estranho de quem estava farto. Então, uma vez, eu coloquei a música e ele a ouviu do outro lado da linha e disse “boa música, como é o nome?”. “Wish you were here”, respondi. Ele resmungou e pediu de novo o nome. Esperei chegar o refrão e cantou-se a parte “How I wish, how I wish you were here”, ainda não sabia o que significavam tais palavras, mas entendeu que era o nome da música. Aí, ele disse para eu esperar, eu esperei, depois de uns minutos, ele disse “Eu queria que tu estivesses aqui, é qualquer coisa assim, certo?”. Eu ri, disse, mais uma vez, “I wish you were here”, e coloquei a música para repetir.”
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